Marcelo D2
Marcelo Maldonado Gomes Peixoto, mais conhecido como Marcelo D2,(Rio de Janeiro, 5 de novembro de 1967) é um rapper brasileiro,vocalista da banda Planet Hemp, que hoje segue em carreira solo e em projeto paralelo com a volta da banda Planet Hemp. Célebre por misturar o samba com a black music, fez várias parcerias com artistas de outros gêneros, como o axé music, e com pessoas que fazem batidas de música eletrônica com a boca, popularmente conhecido como beatbox. Atualmente, um de seus principais parceiros em shows eturnês, é Fernandinho BeatBox, o qual, faz alguns efeitos em suas músicas, e sempre é chamado ao palco, para animar o público, com seus hits. Seu apelido é uma alusão ao ato de fumar maconha, "D2" é uma gíria que significa dar duas tragadas em um cigarro de maconha.
Marcelo D2 surgiu na música brasileira em 1995, com o disco de estréia do Planet Hemp, "Usuário". Uma estréia que mostrou pela primeira vez as virtudes de um autêntico hip hop made in Brasil. O som era pesado, cercado de brasilidade, carioquice e com letras que discutiam a apologia das drogas. O segundo CD, "Os Cães Ladram mas a Caravana Não Pára", de 1996 já tinha uma temática mais abrangente, com uma visão social do Rio de Janeiro, das chacinas e da polícia. O disco também já sinalizava novos rumos. Em "Hip Hop Rio", por exemplo,D2 canta "Sou do samba/ Sou do reggae/ Sou do soul/ Mas também sou do hip hop". Há ainda a bossa nova que antecede "100% hardcore"e a regravação de "Nega do Cabelo Duro". O cerco sobre a temática hemp foi se fechando. O Planet chegou a ficar encarcerado por uma semana em Brasília.[1]
Em 1998, Marcelo deu um tempo do grupo com "Eu Tiro É Onda", mostrando a na mistura de samba e hip-hop. Esta fusão, porém, só seria reconhecida e consagrada em 2003, com o lançamento de "A Procura da Batida Perfeita", primeiro álbum de D2 em carreira solo. Entre os dois discos solo de D2, o Planet Hemp ainda lançou, em 2000, "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça" e um "MTV ao Vivo: Planet Hemp", em 2001. Em 2004, D2 lançou mais um projeto de sucesso, o CD e DVD Acústico MTV. Seu terceiro disco solo, "Meu Samba É Assim", de letras autobiográficas, tem além do samba e do hip hop uma diversidade de influências de diferentes vertentes do rap.
Infância e Juventude
Os pais se conheceram no trabalho, numa fábrica de tecidos. Dark Gomes Peixoto (“Ia ser Joana Dark e nasceu homem”, conta Marcelo) era chefe do departamento pessoal. A mãe eracostureira. A cegonha poderia ter deixado o rapper em Madureira, onde morava o casal, mas dona Paulete preferiu dar à luz num hospital em São Cristovão. Em 1967 no dia 05 de novembro, nascer em casa, nem filho e pobre. Suburbano de pai e mãe (Dark nasceu em Abolição, Paulete é de Padre Miguel), o garoto cresceu em Maria da Graça. Aos 9 anos, porém, foi morar no Andaraí. Marcelo não foi morar no morro, sua casa ficava no asfalto, e nunca passou fome, mas era vizinho da marginalidade. Precisou aprender rápido algumas lições.[2]
“Eu já tinha vivido ali até os 4 anos. Mas quando voltei, aos 9, não conhecia mais ninguém. Minha mãe me mandou ir na padaria. Ia voltando com um saco de leite, os moleques da rua me agarram, queriam roubar o leite. Saí correndo, me agarraram, um tava com um canivete e cortou meu peito.” Estilos e Influências
Marcelo D2 é conhecido por ser o pioneiro do hip hop mistura com samba, isso claramente em sua discografia solo. No entanto, podemos encontrar influências na música são ecléticos: do clássico samba como Bezerra da Silva, João Nogueira ou, o punk do Dead Kennedys, funkdo Kool & the Gang e James Brown, e o hip hop de Afrika Bambaataa, Grandmaster Flash, Run DMC, Public Enemy e Beastie Boys. Ao iniciar sua carreira solo, especialmente depois de seu segundo CD, Marcelo D2 passa por uma clara evolução em termos de maturidade e estilo estão em causa.
A respeito da temática de suas letras, Marcelo D2 pode ser considerado um MC atípico no cenário brasileiro. Embora a violência nas favelas e subúrbios, abuso policial, drogas, corrupçãopolítica estejam presentes nas suas letras, sua capacidade de contar temas cotidianos (e noites passadas no decadente e boêmio bairro da Lapa) pontos de distância do hardcore e mais focado no que rappers Egotrip longe do resto do Brasil. Um tema positiva em torno de advocacia de maconha ou ritmos mais dançantes fazem o seu sucesso é transversal entre a sociedade brasileira, com os seguidores das favelas para o complexo residencial exclusiva. Isto é revista, como a sociedade brasileira em genaral pontilhada com preconceitos e estereótipos, o hip hop está associado à delinquência e marginalidade, por isso é rejeitado pelas classes média e alta e relegado aos grupos mais desfavorecidos.
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